Em uma edição especial de feriado do podcast Galaxy Brains, o CEO e fundador da Galaxy Digital, Mike Novogratz, juntou-se ao apresentador Alex Thorne para uma análise franca de um ano turbulento e uma prévia estratégica de 2026.
Apesar de um ano em que o Bitcoin ficou aquém das metas otimistas, sendo negociado próximo a US$ 87.000 em vez dos esperados seis dígitos, Novogratz argumenta que a “base para um futuro de preços mais altos” foi firmemente lançada por meio de mudanças regulatórias e da maturação da infraestrutura institucional.
Como foi 2025, segundo o CEO da Galaxy?
Novogratz resumiu o final de 2025 como um “pedaço de carvão”, apontando para o fracasso do Bitcoin em realizar um rally de Natal.
Ele argumentou que, mesmo tendo o BTC alcançado novas máximas históricas no início do ano, ele teve dificuldade em recuperar os US$ 100.000 devido a um teto psicológico percebido em US$ 100.000.
Além disso, Novogratz passou a apresentar uma visão para 2026 que vai além desse tipo de especulação de preço, prevendo uma convergência entre trilhos de cripto, inteligência artificial e finanças tradicionais.
Ele espera que o Bitcoin [BTC] permaneça na faixa de US$ 80 mil a US$ 100 mil até que uma nova liquidez entre no mercado, após as instituições concluírem o balanço de final de ano.
Além disso, Novogratz também acredita que a tokenização se tornará mais comum entrando em 2026.
A Galaxy já colocou suas próprias ações registradas na SEC na blockchain da Solana [SOL], e ele espera que grandes empresas como Apple, Tesla e SpaceX façam o mesmo.
Isso permitiria que pessoas em países como Nigéria ou Camboja comprassem e possuíssem ações famosas usando apenas um smartphone.
O papel do Bitcoin no ecossistema
Novogratz ainda trata o Bitcoin como o único verdadeiro “dinheiro” no mercado cripto.
Ele acredita que 2026 forçará muitas blockchains impulsionadas por comunidades, como Cardano [ADA] e Ripple [XRP], a provar que são negócios reais ou formas amplamente aceitas de dinheiro. Se falharem nesse teste, ele espera que desapareçam à medida que os usuários migrem para ativos mais produtivos.
Mesmo que o Bitcoin tenha perdido um rally de Natal em 2025, Novogratz insiste que a base para o crescimento de longo prazo está firmemente estabelecida.
Ele aponta que consultores nos EUA administram mais de US$ 4 trilhões em riqueza dos baby boomers, e afirma que mesmo uma pequena alocação de 3% em Bitcoin poderia elevar os preços dramaticamente.
Ao encerrar a conversa, Novogratz fez uma comparação entre o mercado cripto atual e os primórdios do private equity.
Ele explicou como investidores ricos antes controlavam o acesso a negócios de alto crescimento como a SpaceX — uma vantagem que a tokenização pode finalmente democratizar para todos.
Por que 2026 é importante
Para ele, 2026 é o ano em que o setor cripto precisa ir além do hype e provar seu valor por meio de utilidade real.
Ele destacou três prioridades: construir casos de uso duradouros e do cotidiano; amadurecer a infraestrutura institucional até que o “TradFi” se torne apenas “finanças”; e preservar o papel do Bitcoin como dinheiro forte em um mundo de desvalorização monetária.
“Temos sido uma indústria contando essa história sobre o quão importantes somos. Chegou a hora de começarmos a ser importantes... Quando você estiver usando cripto no seu telefone — não apenas negociando, mas usando para ações tokenizadas e stablecoins — então nós vencemos.”
Em conclusão, independentemente de o Bitcoin romper seu teto de US$ 100.000 nos próximos três meses ou nos próximos três anos, a infraestrutura para uma economia global tokenizada agora é inevitável.
Pensamentos finais
- Apesar da fraqueza do Bitcoin, Novogratz acredita que as bases para um futuro mais forte foram firmemente estabelecidas.
- O setor deve ir além dos ciclos de hype e mostrar valor real por meio de ativos tokenizados e produtos financeiros utilizáveis.
